quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Suíça francesa e alemã - um fim de semana prolongado

O Daniel teve uma sexta-feira livre do MBA e decidimos alugar um carro e ir parando onde quiséssemos até chegar em St. Gallen (lado alemão). Tínhamos duas noites e escolheríamos na hora onde dormir, dependendo de onde estivéssemos quando escurecesse.

Saímos na sexta de manhã (14.08.15) e voltamos no domingo (16.09.15). Demos azar com o tempo porque a previsão era de chuva e nuvens o tempo todo. E a previsão não errou dessa vez...

Mas tudo bem. Tínhamos que aproveitar o tempo livre dele, porque não sabíamos quando teríamos essa chance de novo.

Alugamos um carro na Europcar e usamos o GPS Tomtom que tínhamos comprado por causa da viagem para o sul da Itália. 

Deu tudo certo. A Suíça é tão perfeita, tão organizada que acho que teríamos chegado em todos os lugares mesmo sem GPS. As estradas são ótimas e tudo é muito bem sinalizado.

Tem que tomar cuidado com a velocidade nas estradas. Aqui não tem tolerância nenhuma, então se o limite é 60, é realmente 60, não pode estar a 61...

E é bom levar passaporte, porque no trecho Kaiserstuhl a Schaffhausen tivemos que passar por dentro da Alemanha sem saber e cruzamos a fronteira duas vezes, onde havia fiscalização mas ainda bem que não fomos parados (esqueci de levar passaporte rs). Veja o segundo mapa abaixo, para ver como tem que sair da Suíça e depois entrar de novo.

Aliás, por causa disso descobri que existe uma parte da Alemanha dentro da Suíça... não sabia... É o município de Büsingen am Hochrhein, um exclave alemão em território suíço.

Por causa dessa situação excepcional, o município utiliza os serviços alemão e suíço para telefonia, transporte público, etc. E a moeda utilizada é o franco suíço, embora a oficial seja o euro. 

Mas voltando ao roteiro... em todas as cidades que paramos era muito fácil encontrar um estacionamento público (que são pagos) ou os parquímetros nas ruas. Sempre tinha a placa azul com o "P" em branco, como abaixo, indicando os estacionamentos.




No fim das contas nosso trajeto foi:

Sexta-feira (14.08): Lausanne - Yverdon les Bains, Neuchâtel, Biel/Bienne, Solothurn, Augusta Raurica, Basiléia. Dormimos na Basiléia.
Sábado (15.08): Basiléia - Laufenburg, Aarau, Baden, Regensberg, Khaiserstuhl, Schaffhausen. Dormimos em Schaffhausen.
Domingo (16.08): Schaffhausen - Rheinfall - Stein am Rhein - Lausanne.






Vou falar em posts individuais sobre cada uma dessas cidades/vilarejos. E não conseguimos chegar até St. Gallen, que seria o destino final. Ficou para a próxima.

As paisagens pelas estradas são lindas, passamos por vilarejos tipicamente suíços com mil casinhas fofas, dezenas de campos de girassol, vinhedos, plantações de milho, verduras, pomares, campos verdes muito bem podados, etc... 

A Suíça conta com uma rede ferroviária enorme e eficiente, é maravilhoso andar de trem por aqui, mas dessa vez queríamos ficar um pouco mais livres e sem ter que ficar controlando horário, por isso fizemos tudo de carro.

E concluí que as paisagens pelas estradas também são tão lindas quantao às paisagens que vemos nas viagens de trem. Enfim, não tem um canto feio nessa Suíça, tudo é lindo e milimetricamente bem cuidado!

Não vejo a hora de termos um tempo livre de novo e fazer o mesmo esquema pela Suíça italiana!







Stein am Rhein - Suíça

Antes de voltarmos para Lausanne, em 16.08.15, paramos nessa cidadezinha linda de viver!!! Foi para fechar com chave de ouro...

Ainda bem que paramos, porque no fim das contas foi a que mais gostei nesse trajeto Lausanne - Rheinfall! 

É uma cidade medieval que fica no cantão de Schaffhausen. Era uma vila de pescadores no passado. Começou a se expandir no fim do século XI, quando um imperador alemão fundou um mosteiro beneditino.

A linda cidade mantém preservados os edifícios medievais, torres, muralhas e casas em estilo enxaimel do século XVI com muitos afrescos.

A Rathausplatz é a praça principal e onde ficam as casinhas mais bonitas, cujos motivos refletem seus nomes, como a Casa do Sol e a Casa do Boi Vermelho. Parece que no passado as pessoas competiam para mostrar quem eram as mais ricas e essa competição resultou nessas lindas pinturas.

E é muito difícil escolher a mais bonita!



Rathausplatz com a Prefeitura à esquerda
Casinhas da Rathausplatz


Mais casinhas da Rathausplatz



Do meu lado esquerdo a Casa do Boi Vermelho e do direito a Casa do Sol
Sacada da Casa do Sol

Casa da Rathausplatz


É impressionante o detalhe e o capricho dessas vilas!





Olha o bueiro!!
Amo essas janelinhas floridas!!




Continuamos andando pela cidade e vimos que não é só a praça prinicipal que é bonita, mas absolutamente tudo!






 No fim da rua principal está uma torre medieval chamada Undertor.


Undertor ao fundo

Há, ainda, uma outra torre medieval muito bem preservada, a Torre do Relógio: 





Saindo da cidade pela Undertor, chegamos no Rio Reno e na muralha onde hoje existem diversos restaurantes com vista para o rio, quase todos com o mesmo cardápio e preços. Não sei se já comentei aqui, mas a Suíça não é um lugar onde se come bem... é muito difícil achar um restaurante que vale o preço. Na maioria das vezes a comida não é tão saborosa assim...

Mesmo sabendo disso, estávamos morrendo de fome e sentamos num restaurante italiano em frente ao rio para almoçar. Para ter uma ideia nem lembro o nome e nem fiz questão de guardar... Só lembro que comi um gnocchi caríssimo bem borrachudo...

O que valeu a pena foi a vista:










Antes de irmos embora passamos na Abadia de St. Georgen e aqui acaba o nosso fim de semana pela Suíça alemã!

















Rheinfall, as Cataratas do Reno - Suíça


Saímos de Schaffhausen e chegamos na cidadezinha de Neuhausen em 16.08.15, onde paramos o carro num dos estacionamentos que circundam os atalhos que descem para as cataratas. Pagamos 6 CHF por duas horas.

É uma pena que o tempo estava tão ruim, não pudemos ver o arco-íris que geralmente se forma ali.

As Cataratas do Reno são a maior queda d´água da Europa, não em altura (23 m), mas sim em largura (cerca de 150 m).

Talvez seja por isso que não me impressionou muito.

Chegando ali, dizem que a melhor vista é a partir do Castelo Laufen, que fica bem no alto de um morro. Não fomos porque chovia muito, mas faz todo sentido.


Castelo de Laufen


Na beira do rio está o Schlössli Wörth, onde há um restaurante e de onde saem passeios de barcos para as cataratas.

Schlössli Wörth


Existem vários tipos de passeios e os barcos possuem números de 1 a 4. Os preços variam de 2 a 17 CHF.

O barco 1 leva até a rocha que fica bem no meio das cataratas. Achei esse passeio meio mico, porque tem que subir por uma escadaria estreita onde forma uma fila de turistas e um tem que esperar o outro subir ou descer. Não gosto desses passeios apertados que quando você chega, se sente pressionado a sair e nem consegue curtir a paisagem.


Pedra onde se sobe por uma escadaria até o topo

O barco 2 é o que te leva até o Castelo Laufen, onde há plataformas de observação e as melhores vistas. O castelo tem infraestrutura: restaurantes, loja, banheiros e um museu que conta a história dele.

Os barcos 3 e 4 ficam dando voltas mais longas pelo rio.

Mais informações sobre passeios e preços estão no site oficial: http://www.rheinfall.ch/en/






Nós nos informamos sobre os passeios mas no fim não quisemos fazer nenhum. Ficamos por ali, ao redor do rio andando na chuva e curtindo a paisagem mesmo com o tempo horroroso que fez.

Quem sabe um dia voltamos com sol!



Daniel gerando energia



Das cataratas fomos até a cidadezinha de Stein am Rhein, última antes de voltarmos à Lausanne.



















terça-feira, 8 de setembro de 2015

Schaffhausen - Suíça

Chegamos em Schaffhausen em 15.08.15 já no escuro e reservamos na hora um Best Western em frente à estação de trem. O hotel era ok para um dia.

O Daniel, inquieto, sempre querendo conhecer "a noite" dos lugares, quis sair.

Achei que não encontraríamos nada naquela cidade super pequena e não é que encontramos uma verdadeira balada, com um DJ bom?

Ainda de quebra, no final ele tocou várias músicas brasileiras que nem eu conhecia.

O nome do lugar é Güterhof e está classificado como restaurante e bar. Mas acho que a partir de uma certa hora vira balada. E estava bem animado, com muita gente dançando na pista e vários gringos sem ritmo dançando um estilo dança de salão. Me diverti!

Segue o site do lugar: http://www.gueterhof.ch/index.dna?rubrik=6&lang=1

As comidas e aperitivos pareciam muito bons, mas não comi nada, só tomamos alguns drinks.


Nós na balada!

No dia seguinte estava um tempo horroroso e eu não estava passando muito bem, então demos uma pequena volta na cidade e nem subimos na fortaleza de Munot, pois começou uma chuva bem forte.

Schaffhausen é a capital do cantão de mesmo nome e está apenas a 4km das Cataratas do Reno. No passado foi um importante centro de comércio, onde barqueiros descarregavam as cargas, impossibilitados de seguir viagem por causa das cataratas.

Está rodeada pela Alemanha. Tanto é que para chegarmos de carro lá, tivemos que andar um pedaço por dentro da Alemanha e passar por fiscalização. Ainda bem que não fomos parados, pois esqueci de levar meu passaporte e meu "permit" da Suíça para essa viagem...

O que mais chama a atenção por suas ruas são os edifícios cheios de afrescos, com sacadas envidraçadas e decoradas que ultrapassam a fachada. Ouvi dizer que pagava-se o imposto sobre a base do imóvel. Então, no segundo andar, todo mundo construía uma sacada para ter um espacinho a mais na sua propriedade.


Uma das ruas principais com diversas sacadas 

Lindos afrescos
Lindos afrescos

Sacada antiga


Sacada moderna seguindo o estilo da época

Depois daqui seguimos para as Cataratas do Reno (Rhein Falls).

Ponte toda florida! O tempo não estava bom então não destacou na foto...






Laufenburg - Suíça e Alemanha


Laufenburg é cortada pelo Rio Reno, metade da cidade fica na Alemanha e a outra metade na Suíça. Cada lado tem sua estação de trem própria.

No passado a cidade pertencia ao reinado dos Habusburgos e foi dividida por Napoleão Bonaparte em 1801, pois ele decidiu que o Rio Reno seria a fronteira entre os dois países.

Chegamos pelo lado suíço em 15.08.15 e entramos na cidade medieval por esse belo portão abaixo.

Túnel do portão

Portão

Já dentro da cidade medieval, belas casinhas históricas com janelas floridas e muito verde. 





Quase beirando o Rio Reno subimos para ver as ruínas de um castelo que já pertenceu à dinastia dos Habsburgos. De lá de cima vimos a cidade toda e a igreja principal.


Ruínas do castelo

Ruínas do castelo
A bela igreja
Vista da cidade a partir do lado suíço

Ao descermos das ruínas do castelo chegamos no rio e na ponte que leva ao lado alemão. Não sei se costuma haver alguma fiscalização de vez em quando, porque a ponte tinha uma cobertura de plástico.


Foto do lado suíco, a partir do lado alemão

 Fotos do lado alemão:


Foto do lado alemão, a partir do lado suíço
   

De Laufenburg continuamos para Aarau.












Kaisersthul - Suíça


Essa cidadezinha medieval fica na margem esquerda do Rio Reno, e, do outro lado, já é a Alemanha. Chegamos lá em 15.08.15.

Rio Reno com a Alemanha do outro lado

Rio Reno. Do lado esquerdo já é a Alemanha
Seu centro histórico, formado por um triângulo invertido, é uma área de conservação tombada, tamanha a beleza de suas ruelas e casinhas.









Teríamos apenas isso para ver, se não fosse o fato de que bem nesse dia estava acontecendo uma festa medieval que ocorre apenas de dois em dois anos! Tivemos muita sorte! Encontramos uma espanhola casada com um habitante de lá que nos explicou isso.

O pessoal estava nas ruas vestidos de roupas da época, onde várias tendas de comida, roupas e objetos medievais estavam espalhadas.

Tinham também tendas de leitura de mão, armas e de "serralheria", mostrando como se faziam objetos naquela época. 


Tendas vendendo objetos e comida


Tenda de leitura da mão


Tenda ensinando a fazer objetos da época
Pessoas vestidas com roupas medievais


Roupas medievais


Mais tarde, quando escureceu, o vilarejo todo ficou à luz de velas e começou um show de pirotecnia. 




Antes de irmos embora passamos na Oberer Turm (Torre Alta) para conferir a vista da cidade. Lá de cima as janelas estavam com grades e vidros, então não consegui tirar foto.





Dentro da Torre Alta


De lá fomos para Schaffhausen, onde passamos a última noite.