quarta-feira, 13 de abril de 2016

Mandalay - Mianmar

Resumo

  • Quando fomos: 16 a 17 de Janeiro de 2016 
  • Quantas noites ficamos: 1
  • Como fomos: de carro vindo de Bagan, mas há o aeroporto internacional de Mandalay que fica a cerca de uma hora do centro da cidade.
  • Onde ficamos: Bagan King Hotel (recomendo).
  • Onde comemos: Restaurante ____ (recomendo) e Bistrô Mianmar (não recomendo, a não ser pela pizza).
  • O que visitamos: King Galon Gold Leaf Workshop, Templo Mahamuni e U Bein Bridge.
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Como Ir


Nós fomos de carro a partir de Bagan, o que levou três horas, mas dá para ir de avião a partir de outras cidades do Mianmar ou de outros países da Ásia, como já coloquei no post de introdução ao Minamar. 

O aeroporto internacional de Mandalay  fica a cerca de uma hora do centro

No centro tem também a estação de trem, mas dizem que andar de trem no Mianmar é complicado porque são muito lentos e atrasos são frequentes.

Há ônibus também que fazem o trajeto. Uma amiga recomendou os ônibus da empresa JJ Express, pois disse que são mais confortáveis.

Se vier de Bagan, outra opção é vir de barco. A viagem dura mais ou menos 9 horas. Existem três empresas recomendadas: Malikha River Cruises, Shew Keinnery e Myanmar Golden River Group, sendo esta última mais cara e confortável.

Em Mandalay recomendo andar de carro ou táxi, porque o sistema de transporte público é precário.

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Onde Ficar

Recomendo ficar no centro, mas não acho que é uma cidade para se andar a pé ou de ônibus. Se nã estiver de carro, é melhor se locomover de táxi, pois é super barato.

Ficamos no Bagan King Hotel. Como decidimos ficar em Mandalay só para dormir, escolhemos um hotel mais simples.

Eu estava com medo do que ia encontrar depois do fiasco de Bagan.

No entanto, esse hotel me surpreendeu muito. Era simples, mas muito rico e caprichado nos detalhes, além de limpo.

Os objetos de decoração são muito bonitos e dá para perceber que foram pensados e escolhidos a dedo.



Olha o telefone!
Detalhe para o porta água, a caixinha de chás e o tecido cobrindo as xícaras. Tudo no estilo Birmanês, lindo!
Adorei a pia moderna e a caixinha onde eles colocam os produtos de higiene.
Porta lenços e porta produtos de higiene, muito caprichado.

O café da manhã é servido no topo do prédio e, apesar de simples e não tão variado, tudo era muito caprichado também.




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Sobre Mandalay

Uma das maiores cidades e centro cultural, Mandalay foi a última capital do Império Birmanês entre entre 1861 e 1885, quando os Ingleses dominaram definitivamente o país e mudaram a Capital para Rangoon (Yangon).

É uma cidade subestimada e que me surpreendeu. No geral não é bonita, é caótica, cheia de trânsito, com os mesmos problemas de Yangon, esgotos a céu aberto, prédios caindo aos pedaços, ruas de terra, esburacadas e etc.

Mas até que tem bastante coisa para ver e no fim das contas achei que podíamos ter ficado mais uma noite, já que há vários passeios nos arredores que guardam relíquias dos seus tempos de glória.

Fica para a próxima visita, quando formos para o litoral de Mianmar!


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Nosso roteiro dia a dia

16 de Janeiro de 2016


1. Restaurante _______

Chegando em Mandalay fomos num restaurante de um amigo do nosso guia que também é guia.

Foi uma das melhores comidas da viagem pelo Mianmar, realmente muito bom. N~ao estava dando nada e adoramos.

Não encontrei o nome, assim que o guia me responder coloco aqui.



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2. King Galon Gold Leaf Workshop - Fábrica de Folha de Ouro




Antes de irmos para a Pagoda mais famosa de Mandalay, onde está o famoso Buda de ouro - que mudou de tamanho devido à tantas folhas de ouro coladas pelos fiéis - fomos entender como são fabricadas essas folhas tão utilizadas no Mianmar.

O Mianmar é conhecido como o país do ouro, que é encontrado abundantemente em toda parte, desde as pedreiras até os Templos, Pagodas e estátuas de Buda. É uma peça indispensável da cultura do país, tornando os monumentos religiosos deslumbrantes até para um ateu rs.

Além de ser um dos principais artesanatos, a fabricação das folhas de ouro tornou-se uma atração turística, onde se pode testemunhar todo o processo que, no Sudeste Asiático, ainda é inteiro manual.

Nessa visita existem duas áreas principais: a primeira para os homens "baterem" na pedra de ouro e assim extraírem pedaços milimetricamente finos e outra para as mulheres cortarem e embalarem as folhas.

Na área dos homens, as pedras de ouro são colocadas lado a lado em pedestais de e os trabalhadores vão batendo ritmicamente nas pedras até transformar o ouro numa folha bem fina, de milímetros de espessura. É um processo que exige força e paciência e que leva cerca de sete horas para finalizar.





Na área das mulheres, salas fechadas e sem ventilação, as folhas são cortadas e embaladas em papel e plástico para serem vendidas.



Nesse local você pode comprar as folhas de ouro como souvenir, bem como outros objetos artesanais folhados a ouro, tudo muito bonito.


Nosso guia disse que as folhas de ouro a serem coladas no famoso Buda de ouro não podem ser compradas aqui, mas sim no próprio templo. E detalhe: mulheres n~ao podem colar porque não podem entrar na parte em que o Buda fica...





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3. Templo Mahamuni 

O Buda abrigado nesse Templo é motivo de peregrinação de milhares de fiéis locais ou turistas e também de visitantes não religiosos.

Nosso guia nos explicou que, no Mianmar, há três itens que são mais importantes religiosamente para os Budistas de toda a Ásia: A Shwegadon Pagoda em Yangon, a pedra dourada na beira do penhasco na Pagoda de Kyaikhtiyo - que reza a lenda é presa por um fio de cabelo de Buda - e o Buda de ouro localizado no Templo Mahamuni, em Mandalay.

Segundo a lenda, Buda teria visitado a região de Arakan e o Rei de Arakan, impressionado com os ensinamentos, pediu que uma imagem de Buda fosse feita.

As pessoas mais abastadas da época doaram ouro e objetos de valor para atingir o objetivo do Rei. Em 1784, Arakan foi invadida por um princípe de outra região que levou a imagem para Amapura, posteriormente transferida em definitivo para Mandalay.

A imagem de quase 4 metros de altura e cerca de 6 toneladas, ornamentada com uma coroa de diamantes e pedras preciosas fica num local isolado, sentada num pedestal onde apenas homens podem entrar para colar folhas de ouro.

Tantas mas tantas folhas de ouro já foram coladas que h uma camada de 15 cm a mais que fez com que o Buda perdesse sua forma original. Ele ficou mais "gordinho" rs.

É possível ver foto da imagem de um século atrás e de agora para notar a diferença:



Todas as manhãs, às 4:00 am, há o ritual da lavagem do Buda de ouro. Um grande número de devotos budistas testemunham um monge do alto escalão, auxiliado por diversos ajudantes, lavando o rosto da imagem e escovando seus dentes. 

Nesse ritual, as mulheres acompanham atrás de uma corda e os homens mais à frente. 

Por causa dessa segregação não dá para tirar foto do Buda e tive que ficar esperando o Daniel e o guia irem colar as folhas de ouro. 




O Templo em si é maravilhoso, composto por colunas de Jade e todo ornamentando com folhas de ouro. 

O pátio contém seis grandes imagens de bronze trazidas do fantástico Angkor Wat, no Camboja no século XV. Duas das imagens acredita-se ter poder de cura, então as pessoas esfregam a parte do corpo que lhes interessa nas estátuas.

Há também um Museu que conta a história do budismo. Exibe informações sobre os lugares que Buda passou pela sua vida, desde seu nascimento no Nepal, onde alcançou sua iluminação até o local da sua passagem final. Ainda, exibe mapas que demonstram a propagação do Budismo na Ásia nos últimos séculos.








Ao redor do Templo existem diversas lojas vendendo oferendas à imagem de Buda, como flores, incensos e velas.

Na saída o nosso guia comprou duas imagens de Buda e nos deu de presente dizendo ser para nos abençoar!!! Como testemunhamos o tamanho da fé dos Birmaneses, aquele presente foi mais do que especial e guardaremos para o resto da vida!

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4. U Bein Bridge

Propositalmente nosso guia deixou esse passeio por último.

O motivo é óbvio: o por do sol com a vista da icônica ponte de madeira é um dos mais lindos que já vi.

Medindo cerca de 1200 metros, a mais longa do mundo em madeira, cruza o Lago Taungthaman e foi construída quando decidiu-se, em 1859, transferir o Palácio de Mandalay para o Norte. As várias colunas de madeira deixadas para trás foram usadas para compor a ponte.

Hoje em dia existe uma parte que é de concreto porque a madeira caiu.

Nós não cruzamos a ponte mas se for cruzar, dá para pedir para o motorista te pegar do outro lado para não ter que voltar tudo.





Chegando lá nosso guia alugou um barquinho para admirarmos o por do sol de dentro do lago. Custou uns R$ 15,00 por pessoa.




Para variar o Daniel comprou umas cervejas para ver o por do sol...




As únicas coisas ruins mas que na minha opinião não estragam nem um pouco o passeio é que o lago é bem sujo devido ao despejo de detritos das fábricas que ficam por perto e que no cair da tarde os mosquitos atacam. É recomendável levar repelente.

Por fim ficamos ali vendo o por do sol do barquinho. Obviamente tem milhares de turistas fazendo o mesmo, só que ao invés de cerveja tinham vários bebendo espumante. Fiquei mostrando para o daniel, já que detesto cerveja pra ver se da próxima vez ele desencana da cerveja rs...









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5. Restaurante Bistro Mianmar

Esse restaurante foi uma peça que o tripadvisor me pregou. Todo mundo falava super bem, as fotos mostravam um lugar super bonitinho... só que não rs...

O lugar era feio e a comida razoável. Pelo menos a ótima. Foi a que mais se aproximou da nossa nesses quase 40 dias de Sudeste Asiático. Se estiver cansado de comida asiática e com vontade de pizza, é uma boa ideia.

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17 de janeiro de 2016

Chegou o dia menos esperado da viagem... o dia de ir embora...

Foi um pouco menos dolorido porque tivemos certeza de que voltaremos ao Mianmar... nós amamos e achamos o auge de tudo o que vimos no Sudeste Asiático.

Tenho que deixar registradas duas últimas fotos que tiramos no caminho para o aeroporto: uma linda plantação de girassóis, em meio a tantas, e uma Pagoda toda feita de Jade.

Nosso guia nos contou que um Birmanês passou muitos anos pedindo à Buda que o fizesse subir na vida para um dia construir uma Pagoda de Jade. Ele enriqueceu e construiu.

Assim deixamos o Mianmar: com mais um belo exemplo da fé budista desse povo encantador. E nós fomos embora pedindo a Buda que nos permita voltar! de preferência em breve...























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