Como Ir
Nós fomos de carro mas dá para ir de ônibus ou avião a partir de outras cidades do Mianmar, pois voos internacionais não há. Uma amiga recomendou os ônibus da empresa JJ Express, pois disse que são mais confortáveis.
O aeroporto Nyaung U fica a cerca de 10 km de Old Bagan ou New Bagan.
Se vier de Mandalay, dá para vir de barco também. A viagem dura mais ou menos 9 horas. Existem três empresas recomendadas: Malikha River Cruises, Shew Keinnery e Myanmar Golden River Group, sendo esta última mais cara e confortável.
Em Bagan dá para andar de carro, bicicleta ou charrete, meio de transporte ainda muito utilizado no Mianmar, infelizmente.
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Onde Ficar
Você pode ficar na cidade do aeroporto, Nyaung U, em Old Bagan ou em New Bagan.
Nós ficamos em Old Bagan, no hotel Aye Yar River View Resort.
Old Bagan é a cidade antiga, onde estão os hotéis mais caros, a maioria dos templos e de onde os moradores foram removidos compulsoriamente para que as pesquisas arqueológicas não fossem atrapalhadas.
New Bagan é um vilarejo para onde os moradores foram remanejados, conta com grande infraestrutura turística, com muitos hotéis e restaurantes. Os preços ali são um "meio termo".
Old e New Bagan estão separadas por cerca de 4km.
Além da cidade do aeroporto Nyaung U, outros vilarejos próximos também apresentam preços mais baratos para se hospedar, mas nem sempre há boa infraestrutura: Wet Kyi Inn, Myinkaba e Central Plain.
Como estávamos de carro, não nos preocupamos com a região e a definimos por causa do hotel que escolhemos.
E escolhemos mal. Não a região, mas o hotel: Aye Yar River View Resort.
Eu já tinha em mente que o padrão dos hotéis do Mianmar não era o mesmo do resto do mundo. Nem se for classificado como cinco estrelas.
No entanto, estava tendo sorte até então, pois os hotéis de Naypydaw e Inle Lake tinham sido fantásticos.
Então, ao entrar no quarto já sabia que não corresponderia às minhas expectativas e nem às fotos do tripadvisor. Encontrei lençol com rasgos, toalha do chão do banheiro encardida, tomadas que não funcionavam e por aí vai.
No entanto, nunca pensei que fosse ficar sem água!
O Daniel tomou um banho rápido antes do jantar e quando fui tomar, não tinha água! Ligamos na recepção, eles vieram ver e disseram que em 10 min estaria resolvido. Não resolveram. Não tinha água nem na pia.
Liguei de novo, mas o inglês do pessoal era péssimo e percebi que tinha algum problema que o pessoal da recepção não conseguiria resolver tarde da noite. Tive que dormir sem tomar banho e fazer suja, o passeio mais esperado da viagem: o voo do balão sobre os templos.
No dia seguinte, tive que ouvir que tinha um casal de japonês no nosso bloco que usou toda água, pois fizeram a banheira de ofurô!
Daí começou a minha caça ao gerente que fugiu até onde deu, mas sou insistente e consegui falar com ele depois de mil tentativas e recados deixados na recepção.
O gerente, um europeu, foi super arrogante e sarcástico, dizendo que não posso comparar o padrão dos hotéis do mundo com os do Mianmar e que ficava muito feliz que eu prezava por limpeza quando reclamei das coisas encardidas que encontrei no quarto.
Eu respondi que então eles não deviam classificar um hotel que não tem água como quatro estrelas... ainda mais em Bagan onde se vive do turismo e é uma das cidades com melhor infraestrutura do Mianmar.
Falei que não queria continuar naquele hotel e que queria negociar a devolução do dinheiro já pago.
Ele obviamente respondeu que não poderia devolver o dinheiro, mas que queria "cuidar de nós" e nos colocar num quarto com vista para o rio.
Fomos para o segundo melhor quarto do hotel. Tinha vários ambientes, varanda, banheira com vista para o rio e o "escambau".
A qualidade de roupas de cama e banho era absurdamente melhor. Parecia outro hotel.
Conclusão que eu tirei: há um abismo entre os quartos mais simples e os mais luxuosos do hotel. Os mais simples parecem favelas. Os mais luxuosos parecem palácios. A área comum do hotel também é muito bem cuidada e bonita.
Uma coisa é qualidade e outra é luxo. Os quartos mais simples obviamente não devem ter os mimos e luxo que tem os quartos mais caros, mas devem manter uma qualidade razoável, compatível com as estrelas anunciadas. É um absurdo ter tudo rasgado e encardido só porque são quartos mais simples e baratos.
Ou seja, achei esse hotel um lixo e reclamei no tripadvisor do mesmo jeito. Não estou nem aí que depois eles me deram um dos melhores quartos. A falta de atenção com a qualidade e a arrogância do gerente não merecem uma avaliação positiva.
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Bagan tem a paisagem mais icônica do Mianmar: balões coloridos sobrevoando aquelas milhares de Pagodas douradas que despontam no nascer do sol à perder de vista em meio à vegetação árida dessa parte do país.
Mas a sensação de estar ali é muito mais do que esses clichês... acabei de ver o programa "Pedro Pelo Mundo" no GNT e a definição dele, após fazer o passeio do balão, foi de que não dá para descrever, só estando ali para entender.
É isso mesmo, é indescritível...Bagan é o tipo de lugar que supera todas as expectativas.
São cerca de 40 km² de sítio arqueológico com mais de duas mil construções datadas dos séculos XI ao XIII. Nosso guia disse que já chegou a existir cerca de 10 mil pagodas. Tem gente que compara com Angkor Wat no Camboja, mas não tem nada a ver e ainda por cima, é bem menos lotado. Cada um com seu estilo único e beleza.
Bagan foi a Capital do primeiro Império da Birmânia (Pagan), no qual se suscederam diversos reis por dois séculos. Em pouco tempo virou um um centro cosmopolita de estudos budistas, atraindo monges e estudantes da Índia, Sri Lanka, bem como dos reinos tailandeses e khmer. Declinou após uma invasão mongol.
Bagan não pôde ser classificada como Patrimônio da Humanidade porque os militares construíram campos de golfe, uma torre de observação de 60 m e diversos hotéis dentro da zona arqueológica, contrariando, assim, os requisitos necessários para a nomeação.
Mas não importa. Isso não muda em nada o espetáculo que é esse lugar, seja visto de cima do balão, seja por terra.
Atenção: paga-se uma taxa de 25.000 Kyats (cerca de R$ 70,00) por 5 dias de permanência na "Bagan Archeological Zone". Você pode comprar o ticket na entrada da cidade (tem um posto) ou no aeroporto. Parece que quem vem de barco também tem algum lugar onde comprar. Não se apresenta em lugar nenhum, mas dá multa se não tiver se solicitado.
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O caminho entre o Inle Lake e Bagan
Saímos do Inle Lake e nosso guia sugeriu de paramos no vinhedo Red Mountain onde veríamos o por do sol no dia anterior, mas que não deu certo.
Eu queria muito ver o vinhedo e provar um vinho Birmanês!
Fizemos a degustação olhando para as montanhas. Custou cerca de R$ 10,00 por pessoa e achei os brancos melhores do que os tintos.
Experimentamos Sauvignon blanc, Muscat Dry, Red Shiraz-Tempranillo e Late Harvest.
As uvas foram trazidas por um imigrante alemão. Daí porque acho que os vinhos brancos eram melhores.
Tem uma adega pequena onde se pode comprar garrafas para levar.
Adoramos a paisagem, muito lindo!
No caminho entre o Inle Lake e Bagan, vimos muitos campos de girassol!!!!
Almoçamos num restaurante na estrada chamado Feel, mas não recomendo...
O percurso todo durou cerca de sete horas.
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Chegamos em Bagan e fomos ver o por do sol do nosso hotel, pois nosso guia disse que era muito bonito.
O hotel fica na beira do rio, então realmente tínhamos uma bela vista do por do sol dali.
Depois fomos acertar o pagamento do passeio de balão numa agência que fechamos por telefone no caminho, após levar um susto quando nosso guia nos disse que deveríamos ter reservado com muita antecedência.
Voltamos para o hotel e jantamos ali mesmo porque foram cerca de 7 horas na estrada e estávamos mortos.
Finalmente fui um tomar banho e deu toda aquela confusão que já contei um pouco acima. Quase não dormi porque tivemos que acordar super cedo para fazer o passeio mais esperado da viagem.
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14 de Janeiro de 2015
1. Passeio de balão sobre as Pagodas
Atenção: os voos de balão em Bagan acontecem apenas de outubro a março e compre com antecedência. No dia, leve casaco porque é frio.
Tem várias empresas que fazem esse passeio em Bagan. Antes de ir eu tinha visto de comprar pelo site "Balloons over Bagan" mas não sei porque não fechei antes... na correria da formatura do Daniel, mudança da Suíça acabou focando para trás...
Apesar da bronca do nosso guia, ainda bem que conseguimos dois lugares com a empresa Golden Eagle. Tem umas quatro empresas que fazem esse voo e todas tem o mesmo preço.
Esse passeio foi bem caro, mas valeu cada centavo dos 320 dólares pagos por cada um. O voo dura apenas uma hora. E parecem 5 minutos, eu poderia ficar um dia inteiro voando por ali...
Às 5:35 a Van da empresa passou no nosso hotel para nos levar até onde o balão levantaria voo.
Nosso guia nos disse que é mais bonito ver o amanhecer do que o anoitecer do balão por isso criamos coragem e acordamos tão cedo.
Chegando no local teve um café da manhã tomado ainda no escuro enquanto os funcionários preparavam o balão. Eles vestiam uma camisa do Brasil!
Nosso hotel nos sugeriu que levássemos um cobertor para usar já que o frio era grande. Ainda bem que levei porque minha mala era toda de verão e já tinha cansado de passar frio no Laos, no Vietnam, no Inle Lake e em Bagan...
De repente chegou o piloto. Um suíço de St Gallen. Confesso que me deu um alívio enorme saber que o piloto era Suíço, ainda mais Suíço Alemão!
Ele nos deu todas as instruções e tanto a decolagem quanto o pouso foram muito tranquilos.
Na nossa cesta tinha umas doze pessoas e tinham uns dez balões subindo ao mesmo tempo.
A subida é feita já no claro, mas o sol ainda não está ali, ele surge de repente deixando o céu colorido e todo mundo em silêncio admirando aquela paisagem arrebatadora.
O balão varia na altitude, ora está mais alto, ora está mais baixo, mas é tudo muito suave. O balão obviamente sobrevoa as maravilhosas Pagodas e Templos, mas também algumas plantações de cana e comunidades muito simples.
Nunca vou esquecer de uma Irlandesa que estava no nosso balão e, ao passar em cima de casas onde as pessoas acenavam para o balão ela gritava o famoso "min-gala-ba" e perguntava em birmanês se as crianças já tinham tomado café...
Devia ter filmado a empolgação daquelas pessoas tão simples... mas eu estava tão embasbacada com tudo o que estava vendo que nem lembrei de filmar. Nem foto eu tirei direito para aproveitar aquele momento único ao máximo!
O piloto do balão vai girando para que todos possam ficar de frente para o nascer do sol em algum momento.
Como eu já disse, é muito maravilhoso e inexplicável a sensação... então, vou deixar que as imagens abaixo falem por si só...
Na descida, eles servem espumante, bolo e dão um certificado.
2. Alo Daw Ryae Pagoda
Voltamos do passeio do balão e encontramos nosso guia. Como existem mais de duas mil Pagodas e obviamente teríamos que escolher, pedi a ele que escolhesse para nós aquelas que ele achava mais especiais.
Essa Pagoda data do século XI e foi a primeira em que vimos pinturas originais nas paredes.
Segundo o nosso guia todas as Pagodas continham pinturas como essas, mas ninguém cuidou e pintaram por cima... inacreditável!
3. Gubyaukgyi Paya (Wet Kyi Inn) Temple
Nesse Templo não se pode tirar foto e nem filmar.
Lá dentro tem muitos azulejos pintados, originais do século XIII, protegidos por painéis.
Um tal de Thommann, alemão que visitou ali em 1889, na maior cara de pau levou vários azulejos e ainda deixou seu nome assinado!
4. Shwezigon Pagoda
Essa é uma das mais famosas e grandes na região.
Do século XI, é mais parecida com a famosa Pagoda de Yangon do que com os outros monumentos de Bagan.
Tem uma grande cúpula dourada rodeada de santuários coloridos. Por dentro tem longas passagens com pares de estátuas de animais brancos que levam ao sul e ao norte do monumento. As escadas externas com tapetes vermelhos levam aos terraços situados no topo.
Conta a história das vidas anteriores de Buda e dizem que há um osso e um dente dele, o que faz com que essa Pagoda seja local de veneração dos Birmaneses.

5. Htilominlo Temple
Construído no século XIII pelo Rei Nantaungmya, é o último estilo de monumento de Bagan. Esse Rei escolheu esse lugar porque foi ali que foi coroado Rei, entre cinco irmãos.
Diz a lenda que alguém rodava com um guarda-chuva branco na mão e quando parasse, aquele que estivesse em frente, seria o futuro Rei.
O Templo possui 46 metros de altura e 4 imagens de Budas no interior. Podemos ver traços de murais da época e fragmentos de esculturas de gesso originais. Os relevos das portas também são originais.
6. Ananda Pagoda
Representando a sabedoria infinita do Buda, esse Templo é do século XII, mede 52 metros de altura e é um dos quatro maiores de Bagan. Construído com 4 projeções, forma uma cruz grega perfeita.
Antes ou depois de entrar, vale a pena dar uma volta por fora e ver a bela decoração das quatro entradas, com estátuas de leões e de Buda.
No interior existem quatro Budas em pé, cada um voltado para as quatro direções cardeais, leste, oeste, norte e sul. Os Budas que estão nas entradas norte e sul são originais, as demais são substituições em vista de um incêndio ocorrido no século XVII. Existem, ainda, estátuas de guardas protegendo as imagens.
Imensas e ornamentadas portas levam à corredores cheios de imagens encravadas nas paredes e algumas paredes possuem pinturas originais que contam cenas da vida de Buda.
Esse monumento vem sendo restaurado em parceria com o governo da Índia.
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Exterior
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Interior e os Guardas do Buda
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Esse Buda original muda de uma feição pensativa para um sorriso conforme você se movimenta. |
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| Pinturas originais que retratam passagens da vida do Buda |
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| Imagens de Buda encravadas na parede e porta original |
7. Restaurante Green Elephant
Esse restaurante é bem recomendado e possui unidades em Yangon e Mandalay também.
Gostamos da comida, mas o Daniel gostou bem mais que eu.
No fundo do restaurante há um muro original do século XI.
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Muro do século XI ao fundo.
8. Fábrica de Laca
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A Laca, largamente encontrada na Ásia, é um dos principais produtos do Mianmar e é a resina extraída de uma árvore (Thitsee). Parece um verniz.
Essa resina é diluída na água e posta para secar. Assim que seca torna-sedura e impermeável.
Os Birmaneses fazem diversos objetos artesanais com a laca e eu queria muito comprar um objeto de decoração com um formato específico que tem em todo o Mianmar (que parece a cúpula das Pagodas). Meu guia disse que os Birmaneses usam esse objeto para comer, mas vi em muitos lugares pessoas colocando balas dentro e deixando de enfeite. Já fiquei imaginando na sala da minha casa!
Então, como eu queria comprar isso, nosso guia nos levou a uma das centenas de fábricas que existem em Bagan, assegurando que o objeto realmente seria pintado à mão.
E foi legal porque vimos todo o processo, que é extremamente trabalhoso. A parte da pintura, então, é minuciosa! É uma verdadeira arte.
Na última foto daqui dá para ver o detalhe dessa pintura. Fico imaginando quanto tempo eles levam para pintar aqueles objetos gigantes que tinha lá! É muito capricho!
Compramos e saímos correndo para ver o por do sol de um monumento que nosso guia disse ser mais vazio.
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| Pessoal trabalhando com a laca |
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| Pote de laca em várias fases até a final (toda pintada) |
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| Pintura em Laca |
9. Por do Sol na Thitserweddy Pagoda
De fato não estava tão cheio de gente e conseguimos ver o por do sol com tranquilidade.
A parte ruim é que, para chegar no terraço, você tem que subir descalço as escadarias internas que são escuras e cheias de morcegos. Dá para ouvir o barulhinho deles, eu quase morri...
No entanto, o sufoco vale a pena quando se chega lá em cima e se vê a imensidão de templos!
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15 de Janeiro de 2016
1. Gawdawpalin Paya
Construído no século XII pelo rei Narapatisithu e finalizado por seu filho, foi muito danificado por um terremoto que aconteceu em 1975. A Unesco ajudou a restaurar.
Não tem nada de especial, a não ser o fato de que é o segundo templo mais alto de Bagan e parece uma versão menor do Templo Thatbyinnyu Paya, o próximo da lista que é o mais alto.
2. Thatbyinnyu Paya
Com 66 metros de altura é o mais alto Templo de Bagan.
Construído no século XII é bem simples por dentro, assim como o Templo anterior, que é sua "miniatura".
Possui quatro andares com diversos terraços onde antigamente se podia ver a melhor vista de Bagan, do nascer e por do sol.
No entanto não se pode subir mais, pois infelizmente um turista caiu e morreu recentemente...
Quando eu fui era assim, quem sabe eles reabrem um dia novamente com segurança...
3. Shwesandaw Pagoda
Ao contrário do Templo anterior, nessa Pagoda não se pode entrar, só subir.
Construída no século XI, foi a primeira estupa monumental de Bagan. Isso porque foi construída para guardar um fio de cabelo de Buda que o Rei Anawrahta ganhou do Rei de Bago por tê-lo ajudado a se defender de uma invasão Khmer.
Tem uma série de terraços que ficam lotados para ver o por do sol. Deve ser perigoso porque tem algumas passagens estreitas para ir de um terraço a outro. Sem contar que os degraus das escadas também são estreitos e para descer é terrível porque é bem íngreme...
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| Paisagem que não cansa... |
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| Sufoco para descer... |
4. Sulamani Paya
Construída no século XII, essa Pagoda fica num lugar mais isolado. Não é a mais alta e nema maior, mas ela é toda proporcional e uma das mais bonitas de Bagan, feita de tijolos.
E por dentro está cheia de desenhos originais, inclusive de alguns Budas reclinados.
5. Dhammayangyi Paya
Construído no século XII, possui uma história trágica.
É o maior Templo de Bagan construído no reinado do Rei Narathu que, para conseguir o trono, matou seu pai, sua esposa e seu irmão mais velho.
Dizem que criou o Templo para se livrar dos seus pecados. Contudo, dois anos após virar Rei foi assassinado por invasores indianos e o Templo não pôde ser finalizado.
6. Manuhar Temple
É uma construção retangular de dois andares onde tem um Buda reclinado enorme que não entendi como coube lá dentro.
Tem também 3 Budas enormes sentados.
Nosso guia disse que os Reis que toruxeram o budismo para Bagan construíram essa Pagoda no século XI.
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| Estátuas dos Reis que teriam trazido o Budismo para Bagan |
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| Como todas as oferendas não cabem em frente ao Buda, os religiosos jogam dinheiro aí dentro |
7. Lawkananda Pagoda
Essa Pagoda fica na beira do Rio Ayeyarwaddy e contém a réplica de um dente de Buda.
Saímos umas três da tarde daqui em direção ao Monte Popa onde veríamos o por do sol.
8. Mount Popa
Taung Kalat é o monastério que fica no topo da montanha que costumamos chamar de Mount Popa e que dista cerca de 50 km de Bagan. Levamos uma hora para chegar mais ou menos.
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| Nosso guia mandando a gente fazer pose rs |
O caminho é cheio de mendigos ajoelhados na beira da estrada pedindo dinheiro e comida porque antigamente o pessoal parava e dava, mas parece que esses pedintes, hoje em dia, só fazem isso, então os turistas são orientados a não dar mais nada.
É impressionante o número de gente pedindo por ali...
Chegando no vilarejo outra coisa impressiona: a quantidade de macacos. Estão por todos os lados e não são nada amigáveis com os humanos. São os donos do pedaço e vivem roubando comida dos comerciantes que montam suas barracas nas ruas.
Se estiver com comida ou bebida na mão não pode se distrair nem um minuto.
O vulcão surgiu de um abalo sísmico mais ou menos em 442 A.C. e formou uma rocha enorme que os Birmaneses passaram a venerar, criando ali em cima santuários, monastério, altares e templos.
O Mount Popa, portanto, virou um local de peregrinação geral, mostrando que os Budistas são de fato muito tolerantes e respeitosos com outras religiões.
Cercado de crenças e lendas, o Mount Popa é visitado por milhares de peregrinos por ano e guarda 37 estátuas de espíritos protetores geralmente com aparência humana, os "Nats". Conta, ainda lá em cima, com um Templo Budista e um Monastério.
No entanto, subir para ver tudo isso não é tarefa das mais fáceis.
São 777 degraus, dos quais os primeiros cento e poucos pode se subir de sapato. Depois, tem que ir descalço no meio daqueles milhares de macacos que fazem a maior sujeira no lugar.
Deve ser por isso que surgiram os lavadores de escadas. De degraus em degraus tem esses sujeitos que pedem uma contribuição para poder continuar limpando as escadas.
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| Limpador de escada ao fundo |
Durante a subida tem também milhares de lojinhas vendendo bugigangas.
Chegando lá em cima foi um pouco decepcionante para mim... em resumo é tudo muito estreito e um conjunto de salas com altares cheios de figuras coloridas que nada dizem se você não tiver lido algo antes de ir.
Tem também algumas estupas e você pode doar dinheiro para restaurá-las. Se doar, ganha uma placa com seu nome, nacionalidade, data e valor.
Enfim, não é nada bonito. O que salva é a vista para as montanhas.
Ainda bem que chegamos cedo e daria tempo de voltar e ver o por do sol do nosso hotel, porque, dali, não seria nada agradável. Vimos ratos em plena luz do dia...
Eu sei que estar no Mianmar é ter que relevar muitas coisas, mas com rato eu não consigo!! Com todo respeito, não vi nenhuma magia nesse lugar... mas para os religiosos com certeza deve ter.
Fomos embora e conseguimos pegar o por do sol do nosso hotel a tempo:
Tomamos banho e jantamos no Kyaw Kitchen. O lugar era bom e a comida também.
O hotel chamou um motorista para nos levar que ficou o tempo todo na porta do restaurante nos esperando... coisas que só no Mianmar!